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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Paus e Pedras


Boa noite leitores!

Antes de continuar, gostaria de pedir um pequeno favor.

Por gentileza, clique em algum anúncio da página, não tem vírus, o anúncio é do google, assim você me ajuda a manter a página, estou precisando muito de grana e isso me ajudaria pra caramba pra vc nao faz nenhuma diferença mas pra mim faz uma enorme. Desde já agradeço...

Quero apresentar a vocês o meu novo projeto literário.


O nome vem da frase que Albert Einstein disse, vocês vao entender ao ler o livro.



Vou publicar aqui uma parte de deixar o link para vocês verem no whatpadd, o livro ainda está em construção.

É uma distopia, uma história futurística que se passa no deserto da Amazônia. 

Isso mesmo que você leu, deserto.

Isso ocorreu depois da 3 guerra mundial

Se chama Paus e Pedras



Apesar de alguns tipos de pessoas pelo mundo defenderem qualquer coisa que seja, com base no conservadorismo, sabemos que este conceito não existe para a natureza. Desde o nascimento do mundo, a natureza vem mudando constantemente passando por inúmeras transformações. Animais surgem, animais desaparecem, rios secam, montanhas se formam. O que sabemos com certeza, é que tudo que esteve no mundo desde o início, ainda está aqui mesmo que tenha outra forma. A água que bebemos, é a mesma água que os neandertais bebiam.


Essa noite será uma noite de festa para os pantaneiros, Eric está fazendo hoje vinte e uma primaveras e pela primeira vez, ele poderá entrar na cabana onde os sábios da tribo dos pantaneiros contam suas histórias aos mais jovens, passando assim, a informação do mundo adiante.


— Estou muito nervoso Claudinha, sempre quis saber dessas histórias, é meu maior sonho, mas o que me assusta é esse tal ritual do caçador que teremos que fazer – disse um jovem de cabelos escuros e voz doce.


— Calma Eric, a Selma me explicou que quando ela ainda era menino, também fez o ritual e descobriu que não era menino, mas sim uma menina, acho que o ritual serve para isso — devolveu uma garota da mesma idade que Eric num tom mais confiante, para poder acalmar o amigo.


Os dois amigos passaram o dia todo em preparativos com pessoas mais velhas dando conselhos, dicas e por fim, os vestindo em roupas feitas com peles de animais. Ao chegar no momento correto, todos se dirigiam a uma cabana feita com barro, bambu e banha de animais, era uma cerimônia tribal. Fazia um tempo bem quente e ventava muito. Eric estava muito empolgado. Este rito de passagem era o mais importante para os pantaneiros.


— Como de costume, começarei a história do nosso mundo, do nosso oásis, presente do nosso bom e magnífico deus — Disse uma mulher em tom muito cerimonial, ela tinha cabelos avermelhados e a pele enrugada. Eric fitou-a achando sua expressão um pouco feia além da conta. Estava procurando Claudinha com os olhos. Fez uma varredura pelo ambiente mas não a encontrou.


— No início, a população do mundo beirava aos vinte bilhões, estávamos entupidos de gente por todos os cantos do planeta. Havia desgraça, fome, desentendimento, traições e muitas coisas que não conhecemos em nossa pequena aldeia ainda que sejamos constantemente ameaçados pelos feiticeiros do deserto. Tínhamos máquinas, tecnologias e muitas coisas que não existem nos dias de hoje. Até que houve a grande guerra que os sábios chamavam de cogumelos de fogo. Uma guerra tão grande que matou quase toda população mundial, deixando apenas algumas comunidades. Não sabemos ao certo quantos humanos existem no mundo até hoje. Depois da grande guerra ficamos sensíveis e não suportamos a influência de qualquer aparelho eletrônico, isso nos mataria imediatamente! Ficamos isolados no nosso grande oásis no meio do deserto da Amazônia, assim a radiação, um veneno que contamina tudo e mata qualquer ser vivo, não pode nos matar. Estou passando essa história para vocês pois precisam saber a nossa verdade incontestável para que ela nunca morra e para prepará-los para dois eventos. Um deles, talvez já conheçam — Regina fez uma pausa deu um sorriso e olhou pra Eric fez sinal para ele ir até ela.


— Eric que hoje completa vinte e uma primaveras irá se juntar em corpo e alma com Claudinha, da mesma idade. Só assim estará pronto para a segunda prova que o tornará um homem de verdade, a caçada do lince branco das montanhas, um felino misterioso que de tempos em tempos rouba nossas crianças e animais para se alimentar...


— Posso fazer uma pergunta? — Interrompeu Eric que estava muito apressado.


— Mas é claro que pode garoto, vá em frente, hoje a lua brilha para você!


— É verdade que o grande deserto Amazônico já foi uma floresta muito maior que nosso pequeno oásis? — Regina fez uma cara de intimidada, franziu as sobrancelhas e disse.


— Vejo que você tem ouvido coisas que não deveria não é? Mas não o culpo, os grandes sábios sempre foram curiosos! Respondendo a sua pergunta. Sim, os grandes homens velhos acreditam que a Amazônia tenha sido no passado uma grande floresta habitada por diversos tipos de animais incluindo as mais diversas aves de todas as cores que se possa imaginar. Não se sabe o por quê de ter se tornado um deserto e nossos conhecimentos sobre algumas questões são bem limitados. Tudo que temos são os livros sagrados da nossa biblioteca que são o nosso maior tesouro! Neles pode-se encontrar diversas gravuras que mostram mapas, animais e claro, diversos sinais que contam nossa história, um deles mostra a grande Amazônia como floresta. O único problema é que a arte de ler não nos foi concebida, logo ninguém pode dizer o que os sinais nos livros significam. Ler estes pequenos sinais que chamamos de palavras, talvez explicasse melhor nossa história, tudo que sabemos, foi passado de pais para filhos — Regina era uma mulher bastante faladeira, não parava por nada mesmo, mas teve que se interromper dessa vez pois os ventos ficaram fortes demais o que pode indicar que uma tempestade vem por aí, achou mais prudente então começar o ritual logo de uma vez. Os participantes da sala eram todos homens. Eles se levantaram dos pequenos banquinhos em que estavam sentados ouvindo Regina e pegaram instrumentos que traziam consigo. Alguns cantavam, outros tocavam tambores. Tinham até flautas e outros instrumentos improvisados fazendo uma música orquestral e muito bonita aos ouvidos de Eric. Este por sua vez, foi sendo conduzido por Regina até a porta. Ao sair, se deparou com um corredor de homens que estavam parados segurando tochas e entonando canções. No chão haviam penas azuis, logo, ele entendeu que deveria seguir as penas. O final delas chegava em uma gruta, e os homens cantando estavam em sua cola. Havia muita dança e festa. Na entrada da caverna uma mulher lhe serviu uma bebida.


— Beba isso, vai te preparar para receber sua parceira, vocês não devem conversar, apenas seguir seus instintos — explicou uma mulher em tom sério, logo após mostrou para Eric para onde deveria ir. A Caverna estava toda iluminada com tochas e toda decorada com flores e peles de animais. Havia uma cortina feita com contas e palha. Claudinha estava ali do outro lado deitada em uma cama de palha feita para se parecer com um ninho de pássaro. O ritual do caçador era basicamente o momento em que os jovens descobriam o sexo pela primeira vez e deveriam fazer isso de forma instintiva. Seus pais tinham a tarefa de prepará-los previamente explicando sem entrar muito em detalhes, o que deveriam fazer. O garoto abriu a cortina de contas e sua amiga estava lá, sem roupas sorrindo para ele. Como foram orientados a não conversarem, se cumprimentaram com os olhos e sorrindo um pro outro. Erik se deitou e os dois contemplaram sua existência perante o universo.


— Os céus estão derramando água Regina, os ventos gritam! Sinto que uma grande tormenta vem por ai — Disse uma mulher também velha para a anciã que contou a história dos pantaneiros. 


— Nós respeitamos tudo que nos feito pedido pelos deuses, interpretamos os sinais, os jovens estão juntos, não vejo por que acredita em tal tormenta — Devolveu Regina enfadonhamente. As duas agora, se encontravam fora da bagunça dos festeiros, estavam conversando no aposento de Regina.


— Talvez seja mais prudente não realizar a caçada do lince amanhã, temo pelo jovem Eric.


— Não seja tola! O jovem está mais do que pronto! Imagina que vergonha para os pais, dizer que o filho não pode completar o rito de passagem por que você ficou com medo de uma tempestade? 


— Não seja ridícula Regina! Não quis dizer isso, é só algo que sinto, não sei explicar o que é — Regina arqueou as sobrancelhas.


— Se não sabe o que é, sinto lhe dizer mas a caçada ao lince continua!


A noite ia chegando ao fim com uma tempestade de areia violenta que obrigou todos a se abrigarem em suas casas primitivas.


Ao amanhecer Eric foi ao encontro do seu parceiro de caça. Estava próximo a uma árvore onde havia um galho quebrado e desse galho descia um líquido de uma coloração vermelha bem vívida, o que deixou Eric intrigado, mas logo foi surpreendido por Tiago.


— Você conhece a história dessa árvore Erik?


— Que susto Tiago!


— Tava distraído não é? A gente precisa esperar um pouco ainda, o papa disse que pode haver outra tempestade de areia e isso não seria nada legal se a gente estiver no meio das pedras, mas então, conhece ou não a história da árvore?


— Bom... Meu papa disse que essa árvore é misteriosa não se sabe o por quê dela estar no meio do deserto.


— Ha muito tempo atrás, como você já deve saber essas terras eram ricas em árvores e essa árvore era extremamente abundante, meu papa disse que foi ela já valeu muito entre os homens e já foi a causa da morte de muita gente,é por isso que hoje ela carrega o sangue de todos esses que mataram e morreram por causa dela — enquanto dizia isso Tiago pegou uma espécie de faca improvisada e cortou um pedaço da árvore fazendo com que escorresse uma seiva avermelhada.


— Porque será que temos de fazer isso? — Perguntou Eric querendo fujir do assunto. Ele não conversava muito com Tiago, de alguma forma, ele causava arrepios em Eric pois sempre trazia consigo alguma história de alguma coisa que fazia Eric pensar demais depois.


— Bom, eu não tenho certeza, mas estou comum pouco de medo.


— Você com medo? Sempre achei que você fosse o cara mais corajoso... bom, talvez um pouco estranho, mas não que fosse ter medo.


— Vejo que você ignora muitas coisas do nosso mundo Eric, mas sinto que tem o espírito do gato curioso, isso é bom!


— Você fala como se tivesse cinquenta anos Tiago, mas temos a mesma idade, não te entendo.


— Um dia talvez entenda.



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